terça-feira, 10 de novembro de 2015

Resenha – O Visconde que me amava - Os Bridgertons #2, de Julia Quinn


Sinopse
A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva. Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela. Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele. Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração. Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.

Resumo
Mais uma temporada de bailes se inicia em Londres e as mães casamenteiras se preparam para cosneguir pretendentes para seus filhos. Violet Bridgerton é uma delas. Sua missão agora é casar seu filho mais velho, Anthony, que até então havia se rendido à vida libertina. Para sua sorte, Anthony decidira aquietar-se. Como filho mais velho, era sua obrigação dar continuidade à linhagem Bridgerton e para isso ele precisaria arrumar uma esposa.

Sim, ele iria se casar. Mas, em hipótese alguma se paixonaria pela esposa, pois a única certeza que ele tinha na vida, é de que morreria jovem, assim como seu adorado pai, Edmund. Amar alguém seria temer a morte, e ele seria capaz de fazer de tudo para afastar esse sentimento.

"Mas o amor era o inimigo dos mortais. Era a única coisa capaz de tornar o restante de seus anos intoleráveis - provar da felicidade e saber que ela lhe seria arrancada." (pág. 173)

Edwina Shefiield, a garota mais cobiçada da temporada, logo desperta o interesse de Anthony. Loira, de olhos azuis, traços delicados e gentil, a moça arranca suspiros por onde quer que passe. Anthony começa a vê-la como uma candidata potencial a se tornar sua esposa, capaz de carregar o nome da família Bridgerton. Ela era linda, mas não deixava-o louco. Isso era bom.
A beleza estonteante de Edwina acaba ofuscando sua irmã mais velha, Kate, que não é tão bonita quanto a irmã, e que também está debutando. Só que Kate já não tem tantas esperanças de arrumar um marido. Todos os rapazes de Londres parecem ter olhos somente para sua irmã mais nova.

Kate tem uma forte devoção pela família, o que faz com que ela se sinta no dever de proteger Edwina. As duas tem um acordo entre si: Edwina só se casará com a aprovação de Kate. Sendo assim, todo rapaz que desejar cortejar sua irmã mais nova terá que passar por sua aprovação.

Esse pequeno detalhe complicou a situação de Anthony. Kate, logo de cara, desaprovou o rapaz. Principalmente depois de ler as fofocas noticiadas no Whistledown que caracterizavam Anthony como um completo libertino. Kate jamais deixaria que ele viesse a se aproximar de Edwina. Mas, seus planos não foram bem-sucedidos. Anthony tinha a proeza de provocá-la sempre que podia e isso a tirava do sério. Ele não iria desistir assim tão fácil de cortejar sua irmã mais nova.

"Ele não tinha certeza de como acontecera, mas a opinião dela significava muito para ele. Sem dúvida, precisava de sua aprovação para cortejar Edwina - algo que vinha negligenciando bastante -, mas havia algo mais. Ela o insultara, quase o aforara no lago Serpentine, humilhara-o no Pall Mall e, mesmo assim, ele desejava que ela tivesse uma opinião favorável a seu respeito." (pág. 142)

Conforme Anthony se aproxima de Kate para conseguir sua aprovação, e então, casar-se com Edwina, os dois percebem que possuem mais em comum do que poderiam imaginar. Kate também perdeu a mãe quando ainda era muito jovem. Ela tinha apenas três anos de idade e não conseguia lembrar de quase nada dessa época. Seu pai não respeitou o luto pela perda da esposa e casou-se logo em seguida com Mary. Ele não poderia se dar ao luxo de que sua filha crescesse sem uma presença materna.


Mary se esforçou para ser a mãe que Kate não teve. Mesmo depois do nascimento de Edwina, Mary continuou amando-a como se fosse sua filha. Kate seria grata a ela pelo resto de sua vida. Quando seu pai faleceu, Kate se viu na obrigação de tomar conta de sua família. Mesmo que ela não se casasse, ela iria fazer de tudo para que sua irmã mais nova arrumasse um bom marido.
Esse amor incondicional que Kate sentia pela família, assim como sua coragem e determinação, fez com que Anthony a enxergasse com outros olhos. Ele queria ignorar aquele sentimento que estava surgindo aos poucos, mas a cada dia isso parecia inevitável. Ele iria casar com Edwina pois ela seria a esposa perfeita. Kate não. Mas porque diabos ele não conseguia tirar Kate da cabeça? Será que Anthony vai conseguir ignorar de uma vez por todas a atração que sente por Kate ou o visconde vai se entregar, por fim, à essa paixão?
"Droga. Ele nem sequer gostava daquela mulher. Ela era muito mandona, muito teimosa , e tirava conclusão rápido demais. E não era nem bonita - ao menos quando comparada a algumas das damas que estavam em Londres para a temporada, principalmente a própria irmã”. (Pág, 76)

Crítica
Quando eu li o primeiro volume da série Os Bridgertons, “O Duque e Eu”, falei para mim mesma que iria dar continuidade à série. O primeiro livro é apaixonante. Confesso que quando li o segundo volume, “O Visconde que me amava”, não senti tanta empolgação. Talvez porque já não era nenhuma novidade. As histórias são completamente diferentes de um livro para o outro, mas seguem uma mesma linha de raciocínio: casal protagonista+ amor impossível + reviravolta = final feliz.  



Não que o segundo livro seja ruim, muito pelo contrário. O enredo de Julia Quinn é excelente. Mas a novidade já não é tão presente. Isso acontece muitas vezes quando se trata de séries. Os autores têm que se virar nos trinta para manter a atenção do leitor.
Em “O Visconde que me Amava”, o foco é o filho mais velho dos Bridgertons, Anthony. Para quem não sabe, a série composta por oito livros, retrata a vida amorosa de cada um dos oito filhos da família: Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth.

Não conhecia esse lado libertino de Anthony. É claro que não se pode comparar com a fama que o duque de Hastings tinha. E falando no duque, adorei a participação dele e da Daphne nesse segundo volume. Os dois sempre muito adoráveis juntos. Meu casal favorito até então. Não consegui sentir muita química entre Anthony e Kate.
No primeiro livro Anthony aparece como um rapaz forte e protetor. Nesse segundo volume ele apresenta suas fraquezas e seus temores, e também nos revela seu segredo: a morte precoce de seu pai deixou um grande trauma na vida de Anthony, o que fez ele acreditar que também morreria jovem. Ele achava que era uma maldição de família.

Por conta disso ele jamais poderia se apaixonar. Já não bastava ter que deixar sua família que ele tanto amava, imagina uma mulher que ele amasse de verdade. Ele não queria que sua esposa passasse pelo mesmo sofrimento que sua mãe passou. Ele iria ter um casamento convencional, sem amor. Apenas para dar continuidade à família Bridgerton. Bem , era isso o que ele queria até conhecer Kate.

Se você curte romances de época ou tem curiosidade de conhecer, a série “Os Bridgertons” é uma boa pedida. Mesmo que você leia aleatoriamente os volumes, as histórias sempre são únicas e você não se sentirá perdido.


Beijos pessoal! E até semana que vem!

Ficha Técnica

Título: O Visconde Que Me Amava
Título Original: The Viscount Who Loved Me
Série: Os Bridgertons #02
Autora: Julia Quinn
Ano: 2013

Páginas: 304
Editora: Arqueiro


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