sábado, 14 de novembro de 2015

Resenha – Cidades de Papel, de John Green

Sinopse
"Cidades de Papel" é uma história sobre amadurecimento, centrada em Quentin e em sua enigmática vizinha, Margo, que gostava tanto de mistérios, que acabou se tornando um. Depois de levá-lo a uma noite de aventuras pela cidade, Margo desaparece, deixando para trás pistas para Quentin decifrar. A busca coloca Quentin e seus amigos em uma jornada eletrizante. Para encontrá-la, Quentin deve entender o verdadeiro significado de amizade – e de amor."
Resumo
Quentin Jacobsen, ou Q., é um garoto comum em seu último ano do colegial. Ele sempre acreditou que cada pessoa tinha o seu pequeno milagre, e o dele era Margo Roth Spielgelman, a garota mais popular do colégio. Quentin e Margo eram vizinhos desde a infância, quando a garota mudou-se com a família para seu bairro. Ele apaixonou-se por ela desde esse dia. Os dois foram muito amigos durante a infância.
Um dia, aos dez anos, eles encontraram um homem morto em um parque quando estavam andando de bicicleta. Margo concluiu que os fios dele tinham se arrebentado e por isso ele havia se matado. Quentin jamais se esqueceu das palavras de Margo. Com o tempo, cada um seguiu um caminho diferente, afastando-se um do outro. Mas Q. jamais deixou de gostar dela e ficava observando-a à distância.
"Mas as coisas vão acontecendo... as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos... E nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável. (...) Mas ainda há um momento entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nós rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros. "
Q. tinha uma vida que qualquer garoto na idade dele poderia desejar. Tirava boas notas no colégio, tinha uma família amorosa e amigos verdadeiros: Ben e Radar. Ben é conhecido na escola como “mija-sangue”, devido à um pequeno incidente que lhe ocorrera fazia alguns anos. Ele estava com infecção urinária e o boato se espalhou rapidamente por todo o colégio. Até hoje ele escutava uma ou outra piadinha sobre o acontecido.
Radar é um cara totalmente aficionado por seu site, o “Omnitionary”. Ele namora Angela, uma garota inteligente e madura para a idade deles. Ele nunca levara a moça à sua casa, pois seus pais tinham a maior coleção de papais noéis negros do País, e isso o envergonhava.
O colégio estava chegando ao fim. Q. iria para a universidade estudar medicina, e apesar da distância, iria manter contato com seus amigos. Tudo parecia estar indo bem, até a noite em que Margo Roth Spielgelman invade o quarto de Q. pela janela e o convida a participar de uma aventura.

Q. fica sem reação. Ele não consegue entender porque Margo o escolhera para participar dessa tal aventura, e mesmo estarrecido, ele acaba topando dar assistência à ela. Os dois saem dirigindo pela madrugada de Orlando numa missão que envolveria ressentimento, vingança e uma boa dose de criatividade.
Margo estava chateada com todos a seu redor. Ela havia sido traída e isso não ficaria impune. Ela precisava se vingar e Quentin era a pessoa mais qualificada para ajudá-la nessa missão. Eles passam por bons bocados, mas no fim, conseguem finalizar o plano.
"Uma cidade de papel para uma menina de papel. (…) Eu olhava para baixo e pensava que eu era feita de papel. Eu é que era uma pessoa frágil e dobrável, e não os outros. E o lance é o seguinte: as pessoas adoram a ideia de uma menina de papel. Sempre adoraram. E o pior é que eu também adorava. Eu tinha cultivado aquilo, entende? Porque é o máximo ser uma ideia que agrada a todos. Mas eu nunca poderia ser aquela ideia para mim, não totalmente."
No dia seguinte, Q. vai para a escola ansioso para encontrar Margo. Ele acredita que as coisas entre eles poderão voltar a ser como era antes. Mas, Margo não aparece nesse dia, e nem no outro, e muito menos no outro. Ela havia desaparecido.
Mas, não era a primeira vez que isso acontecia, e sempre que fazia isso, deixava pistas do seu paradeiro, e dessa vez não seria diferente. Seus pais nem faziam mais questão de procurar por ela. Um dia ela iria aparecer como se nada tivesse acontecido.


Quentin, então, começa a investigar o sumiço de Margo. Ela havia deixado pistas. Q. iria procurar por ela, pois ele acreditava que um elo se formara entre eles naquela madrugada. Algo especial. Ele iria fazer de tudo para encontrá-la. Mas, será que Margo queria realmente ser encontrada?

“Margo sempre adorou um mistério. E, com tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensar que ela talvez gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um. ”
Crítica
“Cidades de Papel” foi o primeiro livro do John Green que eu li e adorei a experiência. John tem uma narrativa leve e descontraída, com uma pitada de humor que faz toda a diferença. Seus personagens são apaixonantes, até mesmo os secundários que realçam a história.
John nos apresenta personagens que podiam ser meus vizinhos ou meus melhores amigos. Pessoas comuns com sonhos e idealizações. Ele nos faz ver que essas pessoas são apenas pessoas e que não devemos colocá-las num pedestal, pois todas são imperfeitas.
Em “Cidades de Papel” temos os dois protagonistas: Quentin e Margo. Ambos completamente diferentes um do outro e com visões de futuro totalmente divergentes. Enquanto Quentin quer terminar o colégio, estudar medicina e constituir sua própria família, Margo quer viajar pelo mundo e fugir dos padrões que a sociedade impõe. Quem disse que fazer faculdade e se casar torna uma pessoa feliz? É isso o que ela pensava.


Curiosidade
O livro teve uma adaptação cinematográfica dirigida por Jake Schreier e foi lançado no Brasil em julho deste ano. Nat Wolff e Cara Delevingne estrelaram o filme interpretando Quentin e Margo.

Este é o cartaz oficial do filme

Cara Delevingne e Nat Wolff
No começo, Margo parecia um enigma para mim. Era difícil entendê-la. Mas ela só queria ser livre. Ninguém iria ditar sua vida e dizer o que seria melhor para ela, muito menos seus pais. Ela era livre e poderia fazer o que quisesse. Essa liberdade da Margo é o que mais chama a atenção na personagem. Ela aparenta ser feliz, mas no fundo não se contenta com a vida que tinha. Ela queria mais, principalmente depois que foi traída por seu namorado e “melhores amigos”. A vida aparentemente perfeita, era só uma fachada, e quando tudo ruiu, ela só queria fugir e deixar para trás toda a farsa.

Apesar dos enlaces da história que direcionavam para um final extenuante, acabei me decepcionando com o fim. Eu esperava mais. Talvez um final épico. Mas, essa não foi a proposta do autor. Acho que ele também não queria que criássemos expectativa em cima dos personagens.
Bom, exceto o final, a leitura é bastante agradável e consegue te prender do início ao fim. Vale a pena conferir. Bjs e até semana que vem!
Ficha Técnica

Título: Cidade de Papel
Título Original: Paper Towns
Autor: John Green
Editora: Intríseca
Páginas: 368

2 comentários:

  1. Olá Vanessa, o seu blog está muito lindo!! Não desista dele ok? O começo é meio parado mesmo, demora até você conquistar seu espaço, mas você já começou muito bem!! :)
    beijos

    www.blogleituravirtual.com

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  2. Obg pelo incentivo Carol! Seu blog também está lindo!

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