Sinopse
Durante as férias escolares de 1958,
em Derry, pacata cidadezinha do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e
Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da confiança e do ... medo.
O mais profundo e tenebroso medo.
Naquele verão, eles enfrentaram pela
primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno que deixou terríveis marcas
de sangue em Derry.
Quase trinta anos depois, os amigos
voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a pequena cidade. Mike
Hanlon, o único que permanece em Derry, dá o sinal. Precisam unir forças
novamente. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com
sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem
o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto, mas somente eles
podem vencer a Coisa. Em It - A Coisa, clássico de Stephen King em nova edição,
os amigos irão até o fim, mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios
limites.
Crítica
It, a Coisa, é o segundo romance de Stephen King que eu tenho a oportunidade de ler. Até hoje não
acredito que fiquei tanto tempo sem conhecer os trabalhos deste autor incrível.
Queria ao menos ter um terço da imaginação dele. E neste romance, o leitor
percebe o quanto sua imaginação é fértil. Não é à toa que Stephen é considerado
um dos melhores romancistas do planeta, tendo seus livros traduzidos em
diversos idiomas. Stephen King levou
quatro anos para escrever It, a Coisa,
que foi publicado, inicialmente, em 1986.
Mas,
no verão de 1958, sete crianças - Bill Denbrough, Richie Tozier, Eddie
Kapsbrak, Ben Hanscom, Stanley Uris, Beverly Marsh e Mike Hanlon, descobrem
o que está por trás de todos esses acontecimentos, e o resultado não é nada
agradável, muito pelo contrário, é assustadoramente tenebroso, maligno e
sobrenatural. Trata-se da Coisa, a qual eles decidem enfrentar.
A
Coisa é uma criatura secular que se
apoderou de Derry, fazendo-a sua morada eterna. A cada 27 anos, a Coisa acorda de um sono profundo, cheio de sonhos, e com
uma fome insaciável por carne humana. Seus principais alvos são crianças e,
para atraí-las com mais facilidade, a Coisa se transforma em seu personagem
mais conhecido: o palhaço Pennywise.
Mas, a Coisa pode assumir diferentes formas que variam de acordo com os piores
medos de suas vítimas, tornando sua caçada mais interessante.
Uma
de suas vítimas durante o inverno de
1957, quando a Coisa acordou mais uma vez para se alimentar e dar início a
um novo ciclo de mortes cruéis que só terminaria no ano seguinte, foi um
garotinho chamado George Denbrough,
de apenas seis anos. George morreu após ter tido um dos braços devorado pela
Coisa. Como sempre, nenhum morador de Derry viu nada de estranho acontecer.
Após
a morte de seu irmão mais novo, a vida de Bill Denbrough não foi mais a mesma.
Seus pais, submergidos na morte do pequeno George, agem como se Bill não
existisse. Ele se culpa por tudo o que aconteceu e prometeu a si mesmo que, se
descobrisse quem matou seu irmão, ele se vingaria.
Assim,
Bill e seus amigos, o clube dos ‘’otários”, começam a planejar uma maneira de
enfrentar a temível Coisa. Mas eles ainda tem que lidar com os valentões do
colégio, Henry Bowers, Arroto Hugins e Victor Criss, que tem prazer em
persegui-los.
A
narrativa de toda a trama retrata o universo infantil em si: as descobertas, as
inúmeras brincadeiras, as primeiras amizades, os primeiros inimigos, assim como
o primeiro amor. Um universo inocente, que apesar da maldade incrustrada nele,
não deixa de ter sua própria graça.
Um
dos pontos interessantes que vale ressaltar, tratando-se de um livro que foi
escrito na década de 80, é como a faixa etária das crianças era maior naquela
época e ia mais ou menos até os 16 ou 17 anos. Hoje em dia essa idade já é
considerada pré-adolescente e os resquícios de inocência são mínimos.
Essa
inocência é bastante perceptível nos personagens retratados no livro na
primeira fase, assim como as características de cada um. Stephen é tão
minucioso que dá para captar a essência de cada personagem e isso é o que mais
me chama a atenção nos romances do autor.
Bill
Denbrough, ou Big Bill, é o líder da turma. É corajoso e seus amigos o admiram
muito, chegando até mesmo a idolatrá-lo. Richie Tozier, ou Boca-de-Lixo, é o
piadista da turma. Seu maior sonho é se tornar o maior ventríloquo dos EUA. Ele
vive fazendo piadas fora de hora o que já lhe rendeu inúmeras surras dos
valentões da escola. Eddie Kapsbrak é asmático e filho de uma mãe
hipocondríaca. Ele acabou herdando essa característica doentia de sua mãe,
infelizmente. Ben Hanscom, ou Monte de Feno, é gordo e tímido. Sua mãe acredita
que entupindo seu filho de comida ela o fará feliz e saudável, já que é mãe
solteira. Ver seu filho gordo lhe enche de orgulho. Beverly Marsh, ou somente
Bevvie, tem o costume de apanhar do seu pai, que acredita que a surra é a
melhor maneira de educar uma criança e protegê-la dos males do mundo. Por fim,
temos Mike Hanlon, que, por ser negro, sofre preconceito e agressões por parte
de Henry e seus amigos.
Vale
ressaltar que os personagens secundários também são bem construídos, cada qual
com sua história de vida para contar. Mas vou destacar dois que mais chamaram a
atenção: a mãe hipocondríaca de Eddie e o pai maluco de Henry Bowers. Os dois
juntos dariam um bom livro.
A
história faz um interlúdio entre o passado, em 1958, quando as sete crianças
enfrentam a Coisa pela primeira vez, e o presente, em 1985 (27 anos depois,
quando um novo ciclo de mortes de inicia em Derry), onde as crianças já se
tornaram adultas e cada qual seguiu seu próprio caminho. Agora elas precisam
enfrentar novamente a criatura, pois fizeram um juramento de sangue no qual
elas devem retornar à Derry e matar de uma vez a Coisa.
O
livro é recheado de perseguições malucas, mortes cruéis, personagens cativantes
e sangue. Muito sangue. Não é um terror que vai te deixar com medo na hora de
dormir e fazer com que você olhe em baixo da cama, mas que vai te fazer
imaginar que podem existir coisas além da nossa compreensão e que o medo só
existe na nossa mente.
Recomendo
que vocês leiam It, a Coisa, não só porque se trata de um dos romancistas
número um do mundo, mas para relembrar um pouco a infância e o que ela
representa para cada um de nós. Não se assustem com o número de páginas! Eu
sei, o livro é imenso, mas não achei uma leitura difícil e cansativa, muito
pelo contrário, a trama vai se desenvolvendo naturalmente, apesar dos momentos
em que achei que Stephen estava viajando na maionese, mas não dá para entrar na
mente de um autor e descobrir o que diabos ele estava pensando ao escrever
aquilo. Mas se você não está acostumado
com essas “viagens” recomendo ler algo mais leve ou um romance mais curto do
autor, apenas para conhecer sua obra. Um bom leitor não deve deixar de conferir
ao menos uma história desse grande mestre literário.
Bjs
e até a próxima!
Curiosidades
O romance de Stephen King ganhou uma
adaptação em telefilme que foi ao ar em novembro de 1990, nos Estados Unidos,
com o título (em português) It – Uma obra prima do medo.
Em
março de 2015, 25 anos depois do lançamento do primeiro filme, a refilmagem de
It se iniciou com os direitos adquiridos pela Warner Bros e será dividida em
dois filmes: o primeiro mostrando as sete crianças enfrentando o temível
palhaço Pennywise pela primeira vez, nos anos 1958, enquanto o segundo revela
as consequências desse ato, nos dias atuais, e o retorno do grande vilão.
Ficha Técnica
Título Original: It
Título em Português: It, a Coisa
Autor: Stephen King
Editora: Objetiva
Páginas: 1103
Ano: 2014
Gênero: Ficção/Terror
Olá! Obrigado por compartilhar esse artigo sobre o livro de It a Coisa. A verdade eu soube sobre o livro desde que vi i filme do ano passado. É um filme muito bom. It A Coisa 2017 é um dos filmes de Stephen King que eu mais gosto. Gostei muito da história por que não é tão previsível como outras. Acho que é uma boa idéia fazer este tipo de adaptações cinematográficas. É um dos melhores filmes de terror, tem uma boa história, atuações maravilhosas e um bom roteiro.
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