Resenha: Para Sempre, da série Os Imortais

           Ever Bloom é uma garota normal. É bonita, é líder de torcida, tem muitos amigos e uma família bastante unida e estruturada. Mas um trágico acidente provoca a morte de seus pais, sua irmã mais nova Riley e da cadela da família Buttercup. A partir daí, Ever vê sua vida mudar completamente. Sua tia Sabine, irmã gêmea de seu pai, assume sua tutela e a leva para morar em outra cidade. O cabelo louro e bonito, que antes era exibido com bastante orgulho, agora é constantemente preso em um rabo de cavalo e escondido sobre a nova peça do guarda-roupa de Ever: moletons com capuz.

A mudança de aparência, assim como do estilo de vida, deve-se ao fato não só do luto permanente, mas da culpa que Ever sente pela morte de sua família. Ever estava no carro no dia do acidente e foi a única sobrevivente. Após essa experiência de “quase morte”, Ever adquiriu poderes sobrenaturais como os de enxergar auras e de ler pensamentos, além de ver pessoas mortas, inclusive sua irmã Riley.

            Se a vida de Ever já estava uma grande loucura, após a chegada do misterioso e deus grego Damem tudo fica cada vez mais complicado.
Além de lidar com o sentimento de culpa pela morte dos pais, Ever começa uma batalha para driblar um sentimento novo, que tira o seu fôlego, que tira sua paz, que faz calar todas as vozes que a perturbam: o amor.

            Ever sente-se cada vez mais atraída por Damem. Mas há muitos mistérios que rondam a vida de Damem e que impedem Ever de se entregar a essa paixão. Segredos serão revelados, intrigas serão feitas, sentimentos serão postos em prova. Será que esse grande amor sobreviverá a tudo isso?

Crítica

Bom. Por onde começar? Primeiramente preciso deixar claro que sou apaixonada por histórias de amor e de fantasias. Segundo, quando se trata de uma série o interesse redobra. Assim aconteceu com a série Os Imortais de Alyson Noël. Outro detalhe importante é o fato de que o primeiro volume da série, “Para Sempre”, estava na lista dos livros mais vendidos do The New York Times. Eu precisava conferir.

Alyson Noel, autora da série Os Imortais

Comecei a ler o primeiro livro da série. Para início de conversa achei muito monótono, sem graça, enfim. Foi difícil me prender na história. Confesso que o que me fazia continuar era acompanhar os diálogos entre Ever e sua falecida irmã mais nova Riley, além é claro, e não menos importante, o fato que eu já adquiri o quarto volume da série. Não podia jogar dinheiro fora. Enfim, continuando. Riley é uma graça. É aquela típica pré-adolescente que adora perturbar a vida da irmã mais velha. As partes em que Riley aparece são engraçadas e tristes ao mesmo tempo. É difícil de acreditar que ela já está morta e que jamais completará 13 anos.

Quando estou quase terminando o livro é que ele começa a adquirir um ritmo intenso. É o momento das revelações, das lutas e do desfecho de toda a história. A série aborda um outro tipo de ser sobrenatural. Não são vampiros, lobisomens ou fadas. São “Imortais”. E mesmo com o final do primeiro livro muitas perguntas ficam sem resposta e o conceito de imortal fica subentendido. Talvez por se tratar de uma série as respostas sejam dadas nos próximos volumes.

Alyson Noël é uma boa escritora. Mas não me agradaram alguns termos que a autora utilizou na história muito menos a composição dos personagens, principalmente dos melhores amigos da Ever, o Miles e a Haven. E o que falar da Drina? Uma personagem totalmente sem nexo e com diálogos cansativos e taxativos. Aplausos para Riley novamente, e para a tia da Ever, a Sabine. Lembrando que essa é a minha opinião. Mas quem gosta desse tipo de leitura, que eu posso definir como infanto-juvenil, acredito que vale a pena arriscar. Afinal, é uma série. E apesar dos pontos fracos minha curiosidade é mais forte. Vamos ver como será o final dessa história.

Editora: Intríseca

Autora: Alyson Noël

Páginas: 264

Literatura Estrangeira-Romance

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