Theresa Osborne é uma
mulher independente e bem sucedida. Colunista de um dos jornais mais
importantes de Boston, Theresa leva uma vida agitada, dividindo-se entre o trabalho
e os cuidados com o filho. Divorciada há pouco mais de três anos, Theresa ainda
acredita em encontrar um novo amor, apesar das infidelidades do ex-marido.
A alguns quilômetros de
Boston, na Carolina do Norte, Garret Blake vive cercado de lembranças do passado.
Com a morte da esposa há três anos atrás, Garret ainda tenta lutar contra a dor.
Quando a saudade aperta, Garret conduz seu barco até o oceano e escreve uma
carta para a esposa, coloca-a dentro de uma garrafa e joga-a ao mar,
acreditando que ela um dia poderá lê-la.
O que Garret jamais
imaginaria é que aquelas cartas tão carregadas de sentimentos puros e
verdadeiros iriam unir seu caminho ao de Theresa, conduzindo-os a uma relação
libertadora. Uma façanha do destino que irá mudar para sempre suas vidas.
Trecho
do livro “Uma Carta de Amor”(pág 106)
-
Garret afastou o olhar sem responder. Jeb estendeu a mão por cima da mesa e
segurou o braço do filho. Mesmo aos 70 anos, ele tinha mãos fortes, e Garret
sentiu-o fazer pressão suficiente apenas para chamar a sua atenção.
-
Meu filho, já se passaram três anos. Sei que você a amava, mas agora o certo é
deixar o passado para trás. Você sabe disso, nãos abe? Tem que conseguir
retomar a sua vida.
Garret
Levou um momento para responder:
-Eu
sei, pai, mas não é tão fácil assim.
-
Nada que valha a pena é fácil. Lembre-se sempre disso.
Crítica
O que um livro que fala
sobre cartas dentro de garrafas pode nos ensinar? Foi o que pensei logo que
descobri do que tratava a obra. E mesmo lendo a sinopse fiquei imaginando como
uma pessoa encontra alguém através de uma carta dentro de uma garrafa contendo
apenas o nome do remetente e o local de onde provavelmente reside? Ao longo da
leitura essas perguntas tornam-se desnecessárias, pois o autor vai nos
conduzindo por uma história repleta de artimanhas do destino, onde tudo pode
acontecer.
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| Nicholas Sparks |
Como sempre, Nicholas
Sparks construiu com maestria os personagens de “Uma carta de amor”. De um lado
Theresa Osborne com sua independência e auto-confiança. De outro, Garret Blake,
com seu charme e simpatia. Ambos tentando lutar contra seus demônios
interiores. Enquanto Theresa aceita o fato de que seu coração já superou a
traição de seu ex-marido, David, e que está preparada para viver um novo
romance, Garret, no entanto, fechou-se em seu mundinho de dor e depressão
devido ao falecimento de sua amada esposa, Catherine.
Confesso que os
primeiros capítulos da história não me chamaram muito a atenção. Já li livros
do Nicholas Sparks muito melhores que este. A narrativa assume um ritmo intenso
a partir do momento em que Theresa viaja para a Carolina do Norte à procura do
autor das cartas encontradas dentro das garrafas. Depois que os dois se
conheceram as coisas vão acontecendo muito rápido entre eles, a começar pelo
primeiro encontro. Para um homem que continua amando incondicionalmente a
esposa falecida há três anos, é até surpreendente convidar uma mulher
desconhecida para velejar ao pôr-do-sol. Achei meio forçação de barra. Mas o
que importa é a história de amor linda e contagiante que os personagens vão
construindo ao longo do tempo.
Achei os diálogos
cansativos e na maioria das vezes as estrofes foram carregadas de enrolação.
Sou muito fã do Nicholas Sparks, e é justamente por isso que digo que “Uma
carta de amor” foi uma história fraca comparada às demais obras do autor que
sempre me tocaram profundamente, arrancando-me rios de lágrimas nos últimos
capítulos. Mas para quem é apaixonado por histórias de amor, como eu, vale a
pena conferir.
Editora:
Arqueiro
Autor:
Nicholas
Sparks
Páginas:
288
Literatura
Estrangeira - Romance


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